Luidhi Moro Muller Luidhi Moro Muller

Entre a Chuva e a Distância

Já faz quase dois meses
Que eu não saio da estância
Talvez por isso essa ânsia
De rever a minha amada
E esta chuva guasqueada
Vem despertar minhas lembranças.

Me bate a nostalgia
A noite fica mais fria
Me invade a solidão
Sinto a falta dos teus braços
Aguentando os tironaços
Do pulsar do coração.

"Por isso quando chove aqui na estância
A água molha a distância
E a mágoa molha o meu rosto
E quando longe daquela flor
Até o vento payador
Compõe rimas de desgosto."

(Int.:)

O mate já está lavado
A chuva é gelo nos campos
Dos galos não ouço o canto
São mais frias as madrugadas
Distante da prenda amada
Rainha dos meus encantos.

E assim fico a pensar
Se algum dia eu me casar
Com aquela linda flor
Quero lhe dar meu carinho
E fazer do meu ranchinho
O nosso ninho de amor.

"Por isso quando chove aqui na estância
A água molha a distância
E a mágoa molha o meu rosto
E quando longe daquela flor
Até o vento payador
Compõe rimas de desgosto."
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